A necessidade do saneamento básico

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Muitos dos que estão lendo este artigo não imaginam a realidade cruel de muitas pessoas pelo mundo afora. Quando se pensa em qualidade de vida, muitos pensam em práticas de exercícios físicos, alimentação saudável, acesso às facilidades que a tecnologia oferece, etc. Porém, poucos pensam no fundamental para que realmente haja qualidade de vida: o saneamento básico.

O saneamento básico vai muito além da implementação de sistema de tratamento de água e esgoto. Aqui no Brasil, de acordo com a Lei nº 11.445/07, o saneamento básico é definido como “o conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas”.

Segundo estudos da UNICEF de 2019, estima-se que somente no Brasil cerca de 35 milhões de pessoas vivem sem saneamento básico e cerca de 4,2 bilhões de pessoas no mundo não possuem os serviços de saneamento básico.

A importância do saneamento básico

As principais influências do saneamento básico são a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento da sociedade como um todo.

A taxa altíssima de mortalidade infantil está ligada direta e indiretamente ao saneamento básico, devido ao contato direto com o esgoto, com o lixo e o consumo de água não tratada. Essas são as principais causas de doenças como parasitoses, diarreias, viroses, febre tifoide, leptospirose, cólera, feridas na pele, meningite, complicações renais, infecções, zika, dengue, desinteria bacteriana, entre outras.

Cidades e capitais desenvolvidas do Brasil e do mundo investem bastante em saneamento básico, porém, essa não é a realidade de regiões mais carentes, que é onde se concentra grande parte da população mundial que se encontra em situação de vulnerabilidade.

A falta de saneamento básico afeta o desempenho escolar e a produtividade no trabalho, pois contribui com o afastamento do trabalho, faltas nas escolas por doenças e desempenho baixo por sequelas dessas doenças. Ou seja, essas regiões não conseguem crescer economicamente e socialmente pela falta de saneamento básico.

A renda per capita dessas regiões carentes é baixa, pois com o nível escolar ruim, problemas de saúde, abstenções ao trabalho por doenças e baixo desempenho nas atividades faz com que o trabalhador não consiga evoluir na carreira e conquistar uma boa qualidade de vida.

Consequentemente, as atividades econômicas da região não conseguem evoluir e isso se torna um ciclo infinito de miséria.

Todos esses problemas se resolveriam com o investimento naquilo que é fundamental para a qualidade de vida e desenvolvimento da sociedade, o saneamento básico.

Saneamento básico não é luxo, é necessidade.

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